BRASIL: DEUS É BRASILEIRO

A História se repete

Deus está em mim, não no outro; estou próximo de Deus –> Deus é poderoso –> Eu sou poderoso –> Eu sou mais poderoso que “o outro”, porque O TODO PODEROSO NÃO ESTÁ no “outro”, não está em sua casa, está em MIM. Logo, “eu” tenho mais “poder”, sou mais “protegido” que o “outro”. Isso é simples de ser explicado, nós nos constituímos sujeitos pelos “outros”, seja por identificação ou por negação. No momento em que “eu, moderno” estou no centro (antropocentrismo) e as igrejas evangélicas e a contrarreforma da igreja católica entram em cena, “eu” me aproximo de “Deus”, que não é mais representado apenas pelo Estado TEOCRÁTICO (COMO NA IDADE MÉDIA – TEOCENTRISMO); é representado por mim mesmo, sujeito e não apenas “instituição”. “Eu”, cidadão brasileiro evangélico/católico, sou um, mas a grande quantidade de brasileiros religiosos é muito grande, então, “Eu” sou o “outro” e a “nossa” voz é a voz de “Deus”, o todo poderoso, logo, todos nós temos poder.  A união faz a força e também a vergonha de um pais como este, especialmente quando “eu” estou em uma sociedade que me individualiza e me dá direitos: “NÓS” estamos no poder agora, no Senado e na Câmara; logo, “nós” não somos inconstitucionais, especialmente pelo preâmbulo teocrático da “nossa” constituição ter força de “Lei”, não é?  Se “nós” somos diferentes agora, embora sejamos maioria, em oposição a uma minoria sem voz, “nós” somos iguais aos demais e não há mais diferenças: bem-vindo ao Brasil: TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI. Para os “outros” que “nós” não conseguimos converter, isso implica no fato de “nós” termos poder e esses “outros” não, porque “nós” achamos que a nossa diferença encontra-se fundamentada neste momento, são as relações de poder em nossa sociedade. Logo, “nós” estamos perto de “Deus”, que está em “mim” e próximo de muitos “outros” que “eu” me identifico; “eu” torno-me “Deus”, todos somos “deuses”, DEUS É BRASILEIRO, pois “nós” projetamo-lo em “nosso” imaginário e na minha “subjetividade: fé.