Sobre andersonhander

– Empreendedor e Revisor de Texto – Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística – PPGL – UnB (Universidade de Brasília), linha de pesquisa: discurso, representações sociais e texto – Especialista em Revisão de Textos pelo Cesape – (ICPD Instituto Ceub de Pesquisa e Desenvolvimento – Centro de Especialização, Aperfeiçoamento, Extensão e Pós–Graduação) – Graduado em Letras – UnB – Blogueiro, Youtuber e Escritor * Revisei, nos últimos anos, mais de 50 mil laudas (relativas a vários gêneros textuais, especialmente gêneros acadêmicos), possuo vários atestes de capacitação técnica emitidos pelo governo, prestou serviço para instituições como Organização das Nações Unidas, Fundação Cultural Palmares. Estive envolvido em projetos de publicação de livros como Escritor Fantasma e, também, no processo de Diagramação. Presto serviço de Consultoria para elaboração de trabalhos acadêmicos na área de humanas, também ofereço cursos de redação. Auxilia muitos estudantes a prepararem-se para aprovação em processo seletivo de Mestrado. Apaixonado por outras culturas, já visitei mais de 30 países. Busca ajudar as pessoas e transformar o mundo em um lugar melhor. Site: www.criteriorevisao.com.br "Live the life you have imagined". Thoreau

A justificativa em dissertações de mestrado e teses de doutorado

A seção de justificativa em dissertações, teses e, inclusive, em trabalhos menores como monografias, TCCs ou projetos de mestrado é crucial para a fundamentação e a validação da pesquisa. Às vezes, apresenta-se a justificativa como uma seção do trabalho ou em parágrafos na introdução. Converse com o seu orientador para saber como apresentar essa informação em seu trabalho. Se você tiver liberdade para construir a seção como quiser, sugiro que a justificativa seja dissolvida na seção de introdução, posteriormente à apresentação do recorte temático.

A Importância da justificativa

Ressalto que a justificativa é uma regra comum em muitos trabalhos acadêmicos, embora sua forma possa ser adaptada à complexidade e extensão do texto. Em alguns casos, ela é tratada como uma seção separada e numerada, enquanto em outros, é integrada dentro de outras seções, como mencionei o caso da introdução.

Organização da justificativa

A organização da justificativa pode seguir diferentes abordagens. Em um exemplo simplificado, é possível estruturá-la em parágrafos distintos, abordando três aspectos essenciais: motivação social, motivação científica e motivação pessoal como pesquisador. Esses elementos contribuem para fundamentar e contextualizar a relevância da pesquisa.

Quando redigi a minha dissertação de mestrado, a motivação para minha pesquisa sobre discurso de cidadania no metrô surgiu da necessidade como usuário desse meio de transporte, na época, para exercer minha prática como professor. Essa conexão entre minha atividade profissional, a temática da pesquisa e minha área de estudo (linguística) foi fundamental para embasar a justificativa do trabalho.

Considerações sobre a abordagem e linguagem

Dependendo dos paradigmas de sua pesquisa, você pode redigir o texto ou alguma seção deste em primeira pessoa do singular ou plural ou, ainda, de maneira impessoal. Em caso de aceitação de primeira pessoa do singular, é crucial evitar fundamentações extremamente subjetivas e irracionais. Lembre-se de que a pessoalidade nesse caso não deve ser compreendida de maneira banalizada, e desarticulada das características dos gêneros acadêmicos.

  • Aspecto social: a pesquisa deve oferecer contribuições sociais tangíveis, especialmente se houver financiamento público envolvido. É fundamental pensar em como a pesquisa pode beneficiar a sociedade, preenchendo lacunas e oferecendo retornos palpáveis.
  • Contribuição científica: é crucial analisar como a pesquisa contribui para o avanço científico na área específica, evitando redundâncias e buscando autenticidade nos estudos realizados.

Revisão de Texto

Atuo como Revisor de Textos acadêmicos há mais de 16 anos. Revisei, nos últimos anos, mais de 300 mil laudas, relativas a gêneros textuais diversos, especialmente dissertações de mestrado e teses de doutorado. Iniciei a minha carreira no Supremo Tribunal Federal (STF), revisando os textos dos Ministros: Livros de Memórias Jurisprudenciais. E, atualmente, reviso as publicações de uma revista científica na área do Direito em Brasília-DF, uma parceria com duração de mais de dez anos.

Envie o seu texto para a revisão. Sou Linguista, Analista Crítico de Discurso e Sociolinguista Interacional. Realizo um trabalho como Revisor que está para o discurso em textos acadêmicos. Dessa maneira, lanço ao texto um olhar interdisciplinar a fim de tentar invalidar a sua pesquisa, considerando a ontologia e epistemologia desta, e apresentando soluções de reescrita, inclusive em nível estilístico (Revisão Crítica) para adequar a linguagem de seu texto à linguagem científica.

Contatos

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Tenho mais de 15 Atestados de Capacitação Técnica emitidos por diversas Instituições Públicas e Privadas em todo o Brasil, o que revela o meu compromisso e competência.

Telefones: (61) 99801-6596 (Whatsapp) (entre em contato no horário comercial)

E-mail: andersonhander@gmail.com ou servicos@criteriorevisao.com.br

Ocorrência de crase com o vocábulo “distância” em textos acadêmicos

Revisei, nos últimos anos, mais de 300 mil laudas relativas a artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Muitos pesquisadores utilizam, inadequadamente, o acento de crase com o vocábulo distância. Neste artigo, esclareço o emprego adequado da crase em relação a esse vocábulo, com base em exemplos de textos que revisei nos últimos anos.

A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a” ou com os pronomes demonstrativos “aquela(s)” e “àquela(s)”, ocorrendo diante de palavras femininas que exigem o artigo definido, indicando a junção desses elementos e resultando em um único som e forma gráfica.

Obs: a crase não é o nome do acento utilizado para marcá-la, o qual é chamado de “acento grave” (`).

Saliento que não ocorre a crase quando a locução “a distância” é indeterminada. Por exemplo, em orações como “Os cientistas observaram as reações químicas a distância” ou “O pesquisador analisou os resultados experimentais a distância”, a expressão “a distância” permanece indeterminada, sem o emprego da crase.

No entanto, a crase é utilizada quando a distância é determinada. Em casos como “Encontrava-se à distância de 15 metros do objeto de estudo” ou “Os pesquisadores permaneceram à distância de 5 metros dos colaboradores da pesquisa de campo”, a presença do artigo definido feminino “a” associado à preposição “a” demanda o uso da crase.

O uso adequado da crase com o termo distância é essencial para evitar ambiguidades em textos acadêmicos.

Problemas de Dissertação de Mestrado

Apresento, neste post, alguns problemas de uma dissertação de mestrado, para que vocês, seguidores e clientes, tomem consciência do texto acadêmico de vocês e compreendam em que níveis um Revisor pode intervir.

Na mensagem a seguir, analisei, de maneira geral, alguns trechos de uma dissertação de uma cliente, para explicar o custo do meu trabalho, e o tipo de serviço (Revisão Ortográfica e Gramatical, e Revisão Crítica).

Ás vezes, há problemas em textos muito além de questões ortográficas e gramaticais, problemas ligados a questões estilísticas, como oscilação de tempo verbal, de pessoa do discurso, períodos longos, e assimetrias discursivas em desacordo com a ontologia e epistemologia da pesquisa. Como Linguista, Pesquisador e Cientista, eu lanço ao texto de meus clientes, esse olhar especializado, a fim de desconstruir a pesquisa e (in)validá-la.

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Analisei o material e sugiro, verdadeiramente, a Revisão Ortográfica e Gramatical, e Revisão Crítica. 

Obs: eu não transponho o sistema de nota de rodapé, comumente utilizado no Direito, para o sistema de autor e data da ABNT. Se o manual solicitar algum ajuste nesse sentido, eu não intervenho nessas notas de rodapé.

Alguns problemas de seu trabalho:

1. Nível ortográfico e gramatical

Regência e concordância inadequadas, uso inadequado de vírgula, por exemplo (não se separa sujeito e predicado por meio de vírgula. Eu mesmo ajustarei esses problemas no texto):

A Constituição Imperial de 1824 (sujeito), não tratou  expressamente (…) (predicado).

Já a Constituição de 1891 (sujeito), suprimiu o dispositivo (predicado).
Falta de marcação de crase (“às contratações):

Com relação as contratações diretas, (…)*

* Eu mesmo ajustarei essas ocorrências no texto.

2. Estilo e a outras questões relacionadas à Revisão Crítica

Ao final de seu trabalho, sugiro o termo Referências em vez de  Referências Bibliográficas (porque nem toda referência é bibliográfica).

O termo Referências abrange todo o conjunto de fontes ou materiais utilizados para a construção do trabalho. E há fontes em seu trabalho que não são bibliográficas necessariamente.

Na oração:

as pesquisas demonstraram que grande (…)

Há antropomorfismo em relação ao uso do verbo em relação ao sujeito “pesquisas”. Manuais acadêmicos como o da APA não indicam esse estilo, pois é impreciso e distancia-se do discurso científico. Sugestão de reescrita:

Demonstrou-se, por meio da pesquisa apresentada nesta dissertação*, que…

* A pesquisa NÃO É O TEXTO.O texto é a dissertação, e você apresenta um excerto da pesquisa na dissertação. Não faz sentido chamar o texto de “pesquisa”.

3. Formatação

É preciso que sejam feitos o sumário e as listas de figuras, tabelas etc. (eu mesmo farei esse trabalho).

Você apresenta indicações nas referências relativas ao seu disco rígido (este não é o caminho adequado, pois o leitor de seu trabalho não terá acesso ao seu computador. É preciso indicar o caminho correto, o site):

file:///C:/Users/TEMP/Downloads/610-2683-2-PB.pdf 

Referencial teórico em textos acadêmicos

A maneira de elaborar um referencial teórico varia de instituição para instituição. Alguns gêneros acadêmicos, como o artigo científico, podem ou não trazer uma seção destinada ao referencial teórico, como ocorre em relação à dissertação e tese.

Artigos científicos mais curtos podem focar mais na apresentação de resultados experimentais ou na discussão de um caso específico, não necessitando de uma seção dedicada a um referencial teórico extenso.

Em trabalhos mais extensos, como dissertações, teses, monografias, alguns tipos de relatórios de pesquisa, é comum e muitas vezes necessário incluir um referencial teórico. Esse referencial teórico serve para embasar as discussões, fundamentar as conclusões e apresentar as teorias e conceitos relevantes ao tema abordado no trabalho acadêmico.

Atualmente, entretanto, alguns pesquisadores discutem a necessidade de apresentação de um referencial teórico. Eu concordo que, para quem está iniciando, é fundamental. Para um rigor mais clássico na produção de trabalho acadêmico, o referencial teórico é importantíssimo. Por meio do referencial teórico, fundamenta-se uma nova pesquisa às produções científicas existentes.

O referencial teórico constitui as constatações e argumentações de autores, clássicos e contemporâneos, que pesquisaram sobre determinado tema. Antes de desenvolver um texto acadêmico, primeiramente, é necessário recortar no tema do trabalho, elaborar o problema de pesquisa e, a partir daí, iniciar a consulta bibliográfica. Quando falo de bibliografia, me refiro a livros, artigos, dissertações, teses… Você selecionará, em um primeiro momento, autores acadêmicos, em sua área, e não será necessário, nesse momento, ler toda a bibliografia. Verifique, no sumário, quais são os tópicos que se articulam com o que você pretende estudar, sublinhando as ideias principais para desenvolver o seu trabalho.

O referencial teórico é essencial para fundamentar o que é “dito” em um trabalho acadêmico, diferentemente da opinião e do senso comum. Validar algo em ciência depende do que uma comunidade científica pensa. Por isso, é importante trazer o conhecimento sobre o que você está pesquisando, confrontando diferentes autores e períodos de pesquisa.

Cuidado com autores pouco renomados, pois isso pode afetar a qualidade do seu trabalho. Se um colega fez um trabalho, você pode citá-lo, mas se não foi um pesquisador renomado, é preciso ter cautela. O referencial teórico pode ser organizado de maneira variada, dependendo do pesquisador e do trabalho em si.

Por exemplo, se desenvolvermos um trabalho sobre o lúdico no processo de ensino-aprendizagem na área de educação, podemos dividir o referencial teórico em sessões, como a definição do lúdico por diferentes autores, uma sessão histórica sobre o ensino e como o lúdico se relaciona com ele, além de abordar os mitos e verdades sobre o lúdico no ensino.

A quantidade de páginas do referencial teórico não possui um limite específico, mas, em média, um trabalho de 100 páginas pode ter de 20 a 30 páginas dedicadas ao referencial teórico. Isso pode variar conforme orientações específicas do seu orientador ou da instituição.