As etapas durante a Revisão de Texto podem variar dependendo da forma de trabalho de cada Revisor, bem como em virtude de o serviço ser oferecido por uma empresa de Revisão de Texto ou por um Revisor de Texto. Para as empresas, geralmente, a revisão constitui uma das etapas de um processo muito maior pelo qual esta é responsável: publicação de um livro, por exemplo. Revisores independentes atuam de maneira mais específica, e eu diria, às vezes, até mais isolada em relação à Revisão.
A seguir, aponto algumas etapas que julgo necessárias durante o serviço que presto, como pessoa jurídica, bem como apresento a divisão desse serviço, também, quando este ocorre, por exemplo, em uma editora, em que o serviço está diretamente ligado à diagramação e à publicação.
0. Negociação com o cliente
Essa etapa é importante para que não haja mal entendidos em relação ao serviço prestado. Não há um consenso sobre o que é revisão de texto e cada Revisor oferece esse serviço de maneira diferenciada. Além disso, há muitos mitos sobre Revisão de Texto. Nessa perspectiva, o Revisor expõe o trabalho dele ao cliente. O cliente explica as expectativa dele e o que espera do serviço. O revisor deve deixar muito bem claro ao cliente que tipo de serviço está sendo prestado para que, posteriormente, não seja cobrado por algo que não ofereceu. Já tive a experiência de uma cliente solicitar intervenções estéticas nas figuras do texto dela, alegando que, genericamente, Revisão de Texto implica essas questões.
1. Preparação do texto/consultoria textual
Antes de ocorrer a Revisão propriamente dita, o revisor poderá auxiliar na preparação do texto. Às vezes, em virtude do curto prazo do cliente, esse serviço é oferecido juntamente ao serviço de revisão propriamente dita. Nesse caso, o revisor poderá dar sugestões ao autor sobre o texto recebido, poderá orientar o escritor em relação à estrutura do gênero textual a ser redigido e até solicitar a reescrita de períodos mal elaborados pelo escritor ou auxiliá-lo nesse processo ( no caso, por exemplo, de intervenções estilísticas).
1. Primeira revisão
É muita ignorância pensar que, em apenas uma revisão, o texto estará “pronto”. Por essa razão, um revisor que trabalha sozinho deve rever o texto mais de uma vez, para tentar aumentar o campo de abrangência de seu olhar ou trabalhar em parceria com outros revisores, para garantir mais qualidade durante a prestação desse serviço, quando o cliente exigir prazos curtos. Quando não for este o caso, é importante explicar esse fato ao cliente e negociar preços justos em relação a uma possível segunda e até terceira revisão. É importante cuidado para que o cliente não acabe acreditando que ele terá direito a revisões infinitas ou que, no caso de apenas uma revisão, o serviço não será suficiente. isso depende, na verdade, do engajamento do Revisor na primeira revisão bem como dos mecanismos que este utiliza para manter a qualidade do serviço.
Além de parceria com outros Revisores, é importante passar checklists ao final da revisão, trabalhar com softwares profissionais e, após afastar-se do texto por algumas horas, voltar e revisá-lo novamente. Por isso, é importante pensar bastante se vale a pena transformar o ofício de Revisão de Texto em um “bico”. Recebo vários textos de clientes que contrataram serviços de aventureiros que queriam, apenas, ganhar dinheiro extra para complementação de renda.
2. Segunda revisão/cotejo
Se houver tempo, essa etapa poderá ser compreendida pelo Revisor como mais uma contribuição ao texto, após o envio da primeira revisão ao autor (às vezes, o autor precisa fazer ajustes no texto sugeridos pelo revisor) para que minúcias que não foram percebidas na primeira revisão não “passem batidas”. Essa etapa também é importante para que haja o afastamento do Revisor do texto, a fim de que a percepção deste seja precisa, de maneira a evitar vícios.
Alguns autores apontam para o fato de que a segunda revisão consiste no cotejo e que este só é possível com os originais em relação aos apontamentos da primeira revisão, que consistiria em uma etapa principal com duas revisões. Essa visão é bastante comum no universo das publicações. Segundo eles, o revisor pode rever, nessa etapa, o que foi prescrito na primeira revisão.
3. Terceira revisão
Nesta etapa, verificam-se páginas, linhas órfãs e questões pós-diagramação. Na verdade, essas etapas que exponho neste post são pensadas, especialmente, com base na oferta desse serviço por empresas ou em relação a departamentos em uma seção responsáveis pela Revisão em um órgão público ou empresa.
Quando estagiei no Supremo Tribunal Federal (STF), na Seção de Revisão e Padronização de Textos, antes de serem publicados, os livros e textos produzidos pelos ministros passavam por toda essa etapa. Lembro-me de ficar conferindo páginas por páginas dos materiais a serem publicados, “batendo” início e fim de cada parágrafo com outro revisor, para verificar se algo estava faltando, enfim… um serviço muito minucioso.
4. Ainda não acabou
Depois de todas essas etapas, ainda poderá ser possível, e bastante possível, que ainda haja alguns problemas no texto. Nesse caso, eles só poderão ser ajustados em outras publicações. Por isso, um mesmo livro pode ter tantas edições.
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